sábado, 23 de outubro de 2010

carta de ma(r)amor

as velas... mal içadas, anuncia o marujo à proa: mulher e mar! e a aventura recém principiada à você. o olhar meu, circundante, desencontra espaços ocos de outrora e o horizonte sempre insuficiente.

antes de navegar, transcender é preciso. percorrer a metafísica íntima das águas.

comandante que aprende aos olhos, afinidades em si. mares e maresias, olhares de ressaca... tudo ainda.

e vou. sem trair mas vou! e lendo, feito cego, sambas bêbados, relativizando fluídos, caminhando até a prancha como re-significação de fatos idos.

mergulho vendado, aguardando a maré me levar!

Um comentário: