segunda-feira, 20 de junho de 2011

diamantina


on the road IV... estrada real - curvelo / diamantina


transição da paisagem... do sertão ao barroco

a estrada real foi sendo construída nos muitos anos de idas e vindas, das minas ao litoral, desde o século XVII, em busca das riquezas. caminhar pela estrada real é reviver os passos e os caminhos percorridos pelos escravos, pelo ouro e pela história. constituída, ainda, pelas vias de acesso, os pontos de parada, as cidades e vilas históricas que se formaram durante o passar dos homens e do tempo.


as gentes do rio das velhas... curvelo


rio das velhas... curvelo




... a estória de um burrinho, como a história de um grande homem, é bem dada no resumo de um só dia de sua ida. e a existência de sete-de-ouros cresceu toda em algumas horas – seis da manhã à meianoite – nos meados do mês de janeiro de um ano de grandes chuvas, no vale do rio das velhas, no centro de minas gerais

sábado, 18 de junho de 2011

cão do sertão...



Os outros têm uma espécie de cachorro farejador, dentro de cada um, eles mesmos não sabem. Isso feito um cachorro, que eles têm dentro deles, é que fareja, todo o tempo, se a gente por dentro da gente está mole, está sujo ou está ruim, ou errado...

qual o caminho da gente? santa rita do cedro



on the road III




caminho para santa rita do cedro
curvelo

todas as águas dormem II... curvelo

todas as águas dormem... curvelo


Há uma hora certa,
no meio de noite, uma hora morta,
em que a água dorme. Todas as águas dormem:
no rio, na lagoa,
no açude, no brejão, nos olhos d'água,
nos grotões fundos.
E quem ficar acordado,
na barranca, a noite inteira,
há de ouvir a cachoeira
parar a queda e o choro,
que a água foi dormir...

Águas claras, barrentas, sonolentas,
todas vão cochilar.
Dormem gotas, caudais, seivas das plantas,
fios brancos, torrentes.
O orvalho sonha
nas placas de folhagem.
E adormece
até a água fervida,
nos copos de cabeceira dos agonizantes...

Mas nem todos dormem, nessa hora
de torpor líquido e inocente.
Muitos hão de estar vigiando,
e chorando, a noite toda,
porque a água dos olhos
nunca tem sono...